(II) Se eu fosse ...

...uma agente secreta britânica estaria agora recuperando minha consciência dentro de uma cela cercada por vidros blindados, câmeras e guardas, em algum país asiático. Estaria vestindo um uniforme encardido e meu café da manhã estaria intocado em cima de uma mesinha. Assim que me levanto os guardas ficam mais atentos. De repente uma sirene toca e uma cortina preta desce do lado de fora da cela cobrindo toda a minha visão. Fico atenta ao movimento da troca de guardas e quando ouço um deles dizer a palavra chave, me jogo no chão e o vidro blindado envolta de mim explode. Um dos agentes ingleses que estava infiltrado tem como missão me tirar viva de lá. Em poucos segundos todos estão atrás de nós e corremos tentando alcançar o helicóptero que pousa para nosso resgate numa área deserta. De repente o agente inglês (que por acaso é a cara Sean Connery na sua época de 007) solta minha mão e cai baleado no chão. Por um segundo penso em voltar, mas continuo correndo sem olhar pra trás. Assim que chego perto, me jogam dentro do helicóptero e em poucos segundos estamos voando para longe. Antes de anoitecer já estou em casa.Vivo sob o disfarce de uma guia de visitantes do Museu de História Natural de Londres. Meu corpo está dolorido e a imagem daquele agente não me sai da cabeça. Estou quase convencida a me mudar para o Brasil e abrir uma pousada na praia, quando um envelope com minha próxima missão chega por de baixo da porta.