sexta-feira, junho 29

Slava's Snowshow



Ontem fui num show chamado Slava's Snowshow. A Fe ganhou um ingressos e era aqui do lado de casa e nao tinha nada pra fazer, entao vamos la. Sao varias performances apresentadas por varios palhacos. Eu nao gosto muito de palhaco. Pra mim sao as figuras mais deprimentes que existem e de fato, esses palhacos nao sao de palhacadas e cambalhotas. A primeira cena comeca com um deles em cena com uma corda no pescoco e a iluminacao eh ate o final, dramatica. Mas o espetaculo surpreende. Um dos melhores shows que ja vi. No final da apresentacao, bolas enormes sao jogadas na plateia e aquele monte de gente que trabalhou o dia inteiro e ficou sentada em cadeiras desconfortaveis, e estah com pressa de pagar os 20 reias do estacionamento (um roubo) pegar o carro e ir pra casa, se tranforma em crianca. Ninguem queria ir embora, as pessoas ficavam em pe nos seus lugares, extasiadas, olhando com um sorriso bobo no rosto aquelas bolas gigantes coloridas e saltando tentando brincar tambem. Entre no endereco abaixo pra ver um video do show. Vale a pena.
http://www.slavasnowshow.co.uk/video.html

terça-feira, junho 26

Do it - Lenine

Sei que eh golpe baixissimo colocar letra de musica no post. Coisa de quem acabou com todas as outras possibilidades, mas eh Lenine, veja bem! vale a pena... nao eh qualquer porcaria nao.... to perdoada? :-)

Tá cansada, senta; Se acredita, tenta; Se tá frio, esquenta; Se tá fora, entra; Se pediu, agüenta; Se sujou, cai fora; Se dá pé, namora; Tá doendo, chora; Tá caindo, escora; Não tá bom, melhora; Se aperta, grite; Se tá chato, agite; Se não tem, credite; Se foi falta, apite; Se não é, imite; Se é do mato, amanse; Trabalhou, descanse; Se tem festa, dance; Se tá longe, alcance; Use sua chance; Se tá puto, quebre; Ta feliz, requebre; Se venceu, celebre; Se tá velho, alquebre; Corra atrás da lebre; Se perdeu, procure; Se é seu, segure; Se tá mal, se cure; Se é verdade, jure; Quer saber, apure; Se sobrou, congele; Se não vai, cancele; Se é inocente, apele; Escravo, se rebele; Nunca se atropele; Se escreveu, remeta; Engrossou, se meta; Quer dever, prometa; Pra moldar, derreta; Não se submeta.

quarta-feira, junho 20

Ângulos diferentes

Hoje vi meu primeiro episódio de Men in Trees, uma série da Warner. Conta a história de uma novaiorquina que depois de uma decepção amorosa, vai parar numa cidadezinha, ridícula de pequena, que só tem homem. Ela ainda não se recuperou da traição dele e conversa com uma amiga: - Como não vi que ele estava me traindo? como não percebi? A amiga responde: - Vai ver que ele estava no seu ponto cego.
Será que nos temos um ponto cego? Será que tem coisa mesmo que fica lá nesse tal ponto e por isso a gente não consegue ver, nem perceber, nem resolver de jeito nenhum? As pessoas que estão perto vêem, te falam, mostram, apontam a direção, e você olha e nada. Nao vê. Até que um dia, ou a coisa mexe um pouquinho pra esquerda ou você se inclina pra direita e Ahá! lá está ela. Moral da história: tente sempre ver as coisas por ângulos diferentes.

terça-feira, junho 19

Um capacho com flores

Eu acredito que as coisas que a gente pensa, sente e deseja para os outros, acabam de alguma forma voltando para nós mesmos. Nem sempre a coisa acontece de imediato. Às vezes, você sorri para alguém no elevador que te vira a cara, às vezes a gente está num dia ruim e acaba fechando a cara para alguém que merecia um sorriso, mas uma coisa é certa: coisas boas atraem coisas boas.
Estou morando hoje no apartamento que era do meu pai. São 3 apartamentos por andar. Não tem quadros, nem vasos com plantas no hall de entrada dos apartamentos. Quando me mudei, comprei um capacho novo com desenho de flores e coloquei na porta de entrada. Hoje, todos os outros moradores do andar tem também capachos com desenhos de flores na porta de entrada e sempre que saio de casa, fico com um leve sorriso no rosto... A não ser, é claro, que eu esteja de tpm, ou atrasada de mais pra olhar a porta dos outros, ou que meu cabelo esteja com formato de cúpula de abajur... ufa! Tava ficando melado demais este post....

segunda-feira, junho 18

A história da vovó Velha

Eu convivi com alguém que nasceu no século dezenove. Isso não é impressionante? Minha bisavó Sylvia era a vovó Velha, assim com V maiúsculo, porque esse se tornou o nome dela, praticamente. Não sei direito em que ano nasceu, mas acredito que tenha sido mais ou menos em 1890. Reza a lenda que nasceu de um romance entre uma dançarina (alguns dizem prostituta) negra com um homem casado. Foi criada pela família dele. Mas isso é uma daquelas histórias que se perdem pelo tempo e ninguém sabe dizer exatamente como aconteceu. Lembro-me dela escrachada, mau-humorada e vestida num vestido azul marinho com bolinhas brancas. Dividia a família entre os que gostava e não gostava. O primeiro grupo tinha tudo dela. O segundo, não teria nada. Foi assim com minha avó, mãe no meu pai. Não se dava com ela e assim foi durante a vida, sem remorso, sem aparências, sem panos-quentes. Hoje ainda vive na memória de alguns ... e assim caminha a humanidade.

sexta-feira, junho 15

Vidinha assim...

Tá ficando feio isso. Eu sei. Nem esperem nenhuma desculpa porque não tenho uma pra dar. Sumi e pronto. Assim, sem avisar. Aquela coisa de sair pra comprar cigarros e nunca mais voltar. Mas vou contar o que tenho feito. Tenho trabalhado em alguns freelas, de vez em quando danço sozinha no meio da sala, volta e meia sento para meditar, olho fotos antigas, passo creme, como alguma coisa, lavo a louça. Assisto muito pouca tv, tenho estado mais papeando pelo messenger. Algumas festinhas espalhadas pela cidade, mas só aquelas que valem a pena. Voltei pra terapia, estou tomando meus florais e fiz um corte enorme no dedo com a faca hoje cedo. Vidinha assim, igual a sua e a de todo mundo... e feliz, assim mesmo... :-)

segunda-feira, junho 4

Sobre a Lua


Hoje estava voltando pra casa, nove e meia da noite e dei de cara com uma lua enorme, baixa, aparecendo entre as árvores do parque do Ibirapuera. Fiquei hipnotizada por uns instantes. Se não tivesse que olhar pra frente pra continuar dirigindo o carro na direção certa, estaria até agora olhando para ela. Que poder é esse da lua sobre nós? Durante minha infância e adolescência, tive bons momentos em Arraial do Cabo (RJ) onde minha tia Maria Lúcia tem uma casa. Arraial carrega muitas lembranças de toda a minha família. Meu pai ainda criança pegava o barco do tio Haroldo e saia pelas prainhas. Sylvio, Marília, Tânia e Paulo se perdiam pelas matas. Suzana e Gustavo, tantas férias ali. A casa da Vovó velha na Praia Grande que ficou pra Cristina. Nos criancas saíamos como se aquilo tudo fosse o nosso quintal. Numa noite, na pousada, deitada numa pedra, fiquei horas hipnotizada pelo brilho da lua. E a noite passava e a gente andava pela cidade e terminava de manhã deitada na areia da praia, vendo o sol nascer e dali a pouco, vendo o sol se pôr, e dali a pouco a lua de novo, brilhando ali... e pensar que é a mesma lua que estava aqui hoje...